Correio dos Campos

Alimentos da merenda serão distribuídos aos beneficiários do Bolsa Família

Por orientação do governador, além de alimentos da merenda que estão em estoque, também deve ser mantido o programa Leite das Crianças. Secretaria da Educação e do Esporte e outras áreas do governo vão organizar formas de distribuir lotes de alimentos já adquiridos pelo Estado, mas que ainda não chegaram nas escolas
20 de março de 2020 às 14:26
(Foto: Gilson Abreu)

AEN/PR – O governador Carlos Massa Ratinho Junior determinou que alimentos adquiridos pelo Estado para compor a merenda escolar sejam distribuídos para famílias de estudantes beneficiários do Bolsa Família. São cerca de 230 mil alunos inscritos no programa no Paraná. Também há a determinação de que o Programa Leite das Crianças, que atinge 110 mil crianças entre 6 meses e 3 anos de idade e envolve 5 mil produtores rurais, seja mantido.

A distribuição ocorre em razão da suspensão das aulas na rede estadual, medida adotada para evitar a propagação do novo coronavírus. Num primeiro momento devem ser repassados alimentos perecíveis e próximos à data de vencimento que já estão armazenados nas escolas.

A coordenação da tarefa está a cargo da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed). Conforme resolução da pasta, a entrega de novas remessas da merenda escolar, e como esses itens serão distribuídos aos estudantes em situação de vulnerabilidade social, será definida posteriormente.

O trabalho a ser realizado nas próximas semanas deverá envolver uma grande força-tarefa, com a participação do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), a Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, a Secretaria do Planejamento e Projetos Estruturantes, a Secretaria de Segurança Pública e a Defesa Civil do Paraná.

“Estamos trabalhando conjuntamente para garantir que os estudantes paranaenses em vulnerabilidade social tenham o alimento na mesa. A distribuição dos alimentos é uma operação que envolve a cooperação de vários órgãos para que nossos estudantes tenham acesso à alimentação e que as pessoas envolvidas na entrega trabalhem em segurança”, explica o secretário da Educação e do Esporte Renato Feder.

DISTRIBUIÇÃO – A direção das instituições de ensino tem autonomia para definir como será feita a distribuição dos alimentos perecíveis que já estão nas escolas, organizando a entrega de forma a evitar aglomerações e sem envolver profissionais ou voluntários que estejam no grupo de risco. Os alunos e suas famílias devem retirar os alimentos exclusivamente nas instituições em que estão matriculados.

MERENDA – Em 2019 foram investidos mais de R$ 127 milhões para a compra de 23 mil toneladas de alimentos não perecíveis, congelados, ovos e produtos da agricultura familiar. Ao todo, foram servidas 181 milhões de refeições para os alunos da rede estadual de ensino pelo Programa Estadual de Alimentação Escolar.

100% ORGÂNICA – Alimentos orgânicos serão incluídos gradualmente na alimentação dos alunos das mais de 2 mil escolas estaduais. A meta é chegar a 100% da merenda em 2030. Parte da produção virá da agricultura familiar. Atualmente, 8% da alimentação escolar é orgânica e 60% é proveniente da agricultura familiar.

A merenda escolar inclui alimentos não perecíveis como achocolatado, açúcar, arroz, biscoito, flocos de cereais, composto lácteo, farinha de milho, farinha de trigo, feijão, macarrão, molho de tomate, óleo de soja, entre outros. Os perecíveis são carnes, ovos e os itens da agricultura familiar.

Ponta Grossa

Em Ponta Grossa, o prefeito Marcelo Rangel afirmou que os alunos da rede municipal também irão receber a merenda escolar em forma de cestas básicas. “Agora, os comissionados da prefeitura estão empenhados em montar os kits de alimentos e, enquanto isso, uma forma apropriada de distribuição das cestas é estudada para evitar aglomerações. Nós estaremos distribuindo a merenda para as crianças. Podem ficar tranquilos, disse Rangel.