Correio dos Campos

Volume comercializado de consórcios do Sicredi cresce 23% em 2018 nos estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro

Se for considerado apenas o total de cotas, o aumento foi de 15%; desempenho da instituição financeira cooperativa é superior ao do setor no ano anterior
25 de janeiro de 2019 às 15:41

COM ASSESSORIAS – O Sicredi teve crescimento de 23% no volume comercializado de consórcios em 2018 frente a 2017 na região do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Considerando apenas o número de comercializadas, houve acréscimo de 15% em comparação ao realizado no ano anterior.

A solidez da instituição é atestada pelos números nacionais: até agosto de 2018, o Sicredi como um todo aparecia em 5º lugar entre as maiores administradoras de consórcios do Brasil, de acordo com ranking elaborado pelo Banco Central, que conta com 150 empresas. No segmento de “serviços”, a instituição tem a maior carteira do país.

O volume de negócios do Sicredi em 2018 está mais forte do que o registrado pelo segmento no Brasil. Dados da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (ABAC) mostram que, até setembro de 2018, as adesões em todo o país foram 7,6% maiores que em 2017. Em relação ao volume comercializado no mesmo período, o aumento foi de 5%.

No ano passado, o Sicredi foi reconhecido pela ABAC na categoria “melhores práticas comerciais”. “O crescimento e o reconhecimento se devem à consultoria para ofertar para o associado todas as soluções – e não aquela que só gere benefício para a instituição. Por esse motivo, para fugir dos juros, muitas pessoas optam pelo consórcio, que tem taxas de administração mais baixas”, explica a gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi PR/SP/RJ, Adriana Zandoná França.

Uma relação de ganha-ganha

Dentro do sistema cooperativo, o consórcio oferece uma relação de ganha-ganha tanto para o associado quanto para a instituição, sendo, em alguns casos, um produto mais atrativo do que os financiamentos. “A taxa de administração gera receita para a cooperativa, que devolve para os associados uma parte deste valor, ao fazer a fazer a devolução anual de parte dos lucros e resultados movimentados na cooperativa. Além disto, procuramos cobrar o conceito de “taxa justa”, ou seja, o que é o necessário para manter a sustentabilidade da instituição, mas sobretudo, o que gera mais vantagem para o nosso associado. Ou seja, ambos saem ganhando”, destaca Adriana.

Além disso, para pessoas com maior dificuldade para poupar, o consórcio é uma opção recomendada para auxiliar no planejamento financeiro. “Uma das vantagens do consórcio é auxiliar na programação financeira do associado. Funciona como uma espécie de poupança programada, ajudando as pessoas que não tem o hábito de fazer reserva financeira. No Sicredi, oferecemos taxas diferenciadas e contemplamos 30% a mais do que o previsto nas assembleias. Como só trabalhamos com os associados, a inadimplência dos grupos é muito pequena”, explica Adriana.

Diferentes segmentos para diferentes necessidades

Entre os tipos de consórcios oferecidos pelo Sicredi, encontram-se os tradicionais de automóveis, imóveis e motocicletas, além do sustentável – para investimentos em energia solar ou eólica ou outros equipamentos ecologicamente eficientes – e os de serviços, destinados a viagens, cirurgias estéticas, formaturas e festas de casamento ou até mesmo cursos também são cada vez mais buscados.

Mais recentemente o Sicredi também lançou grupos de bens náuticos (embarcações e jet sky, por exemplo) e até mesmo para aquisição de drones, que comecem a ser muito utilizados no meio rural, por exemplo.

Consórcio: um produto tipicamente brasileiro

O consórcio surgiu no Brasil na década de 1960, para suprir a falta de crédito na época. Inicialmente, ele veio com o propósito de reunir um grupo de pessoas para adquirir veículos, após a instalação da indústria automobilística no país. Com o passar do tempo, o sistema foi se modernizando, ganhando regulamentação até ser regido pelo Banco Central, na década de 1990. Em 2008, a Lei 11.795 criou um marco legal, trazendo regras exclusivas e aperfeiçoamento do mecanismo.

“Como o brasileiro ainda não tem o hábito de poupar, ele encontra no consórcio uma forma de guardar dinheiro. Acaba definindo um objetivo, o que cria a disciplina para poupar e atingir o propósito esperado, seja ele qual for”, analisa Adriana.