Correio dos Campos

Alunos de Ipiranga confeccionam trajes medievais para visitar Parque Histórico

Os estudantes participaram de um projeto interdisciplinar, de artes e história, sobre a Idade Média
16 de agosto de 2018 às 15:51

COM ASSESSORIAS – Professoras da rede pública de ensino, do Colégio Estadual Doutor Claudino dos Santos, da cidade de Ipiranga no Paraná, inspiram-se na Feira Medieval do Parque Histórico de Carambeí e criaram projeto sobre indumentária medieval. Como o evento foi idealizado pelo Núcleo Educativo do museu, tem características educacionais que podem auxiliar educadores e de modo lúdico contar ao público a história do período medieval.

“A Feira Medieval nasceu com o intuito pedagógico desenvolvido inicialmente como uma grande ação educativa do museu, é de extrema importância que educadores e educadoras usem desse caráter para ilustrar suas atividades relacionadas aos conteúdo do período medieval em sala de aula”, comentar Felipe Pedrosos, historiador e coordenador cultural do Parque Histórico.

Jamaira Pillati, professora da disciplina História, autora do projeto conta que a ação nasceu em parceira com a professora de artes do colégio e foi aplicada para os alunos dos segundos anos do Ensino Médio. “O conteúdo medieval é trabalhado no final do primeiro ano e no início do segundo ano do Ensino Médio, com o auxílio da professora de artes, desde o início do ano foi trabalhada com as turmas do segundo ano a temática medieval”.

A professora discorre como a atividade foi realizada. “Em minhas aulas ensinei sobre a Idade Média, feudalismo, contexto econômico e cultural deste período. Aproveitei e inseri no conteúdo outros povos. Fui além da Idade Média na Europa, falei sobre os árabes, os vikings e outros povos bárbaros. A professora Fabiana Bakun ensinou sobre a arte na Idade Média”.

Em conjunto as professoras explicaram sobre as cores e que só algumas classes sociais podiam usar. Na oportunidade, foi ensinado sobre o comércio e que alguns tecidos não era possíveis trabalhar, pois eram de outras regiões. “Contei aos alunos que tinha coisas que eram características do oriente, que alguns tecidos eram próprios da Europa e que não havia contato entre as regiões, por isto existia dificuldade de acesso e não havia o mesmo produto em locais distintos”, continua a professora de história.

Com o projeto as professoras desafiaram as turmas a criarem seus próprios trajes medievais, alguns confeccionaram e outros mandaram fazer. “Os alunos criaram suas próprias roupas, quem tem mais condições mandou fazer e os outros nós ajudamos. Passamos vídeos com tutoriais que ensinam a fazer indumentária medieval, os estudantes também fizeram acessórios, machados e espadas para contextualizar suas roupas”, conclui Jamaira.

As professoras trarão alunos das quatro turmas do segundo ano, do Ensino Médio, do Colégio e alunos dos primeiros anos do magistério para prestigiar a Feira Medieval.

O historiador anima-se a conhecer o projeto realizado pelas professoras Jamaira e Fabiana, comenta o quanto é valoroso para a escola e o museu estreitar laços. “Esse diálogo entre museu e escola é essencial para o museu cumprir seu papel social e educativo, e para as escolas enriquecerem seu conteúdo de forma dinâmica tratando de um período repleto de mitos e mistérios e ao mesmo tempo tão distante da realidade das pessoas”.