Correio dos Campos

Produção de celulose cresce 18,4% em fevereiro, para 1,7 mi de toneladas

29 de março de 2018 às 17:16

SÃO PAULO/Via Frísia – A produção de celulose no Brasil subiu 18,4% em fevereiro ante um ano antes, para 1,7 milhão de toneladas, segundo dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). No acumulado do ano, a produção de celulose cresceu 13,1%, somando 3,5 milhões de toneladas.

Entre janeiro e fevereiro de 2018, as exportações da indústria de base florestal cresceram 32,8% em relação a um ano antes, somando US$ 1,7 bilhão, com evolução em celulose, painéis de madeira e papel. Com esse desempenho, o setor respondeu por 13,9% dos valores exportados pelas empresas brasileiras do agronegócio.

Papel

Em fevereiro, a produção de papel avançou 4,9% ante igual mês de 2017, para 841 mil toneladas. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a produção de papel cresceu 3,2% em relação a um ano antes, para 1,7 milhão de toneladas. Dentro do segmento, papéis para fins sanitários respondeu por 185 mil toneladas (com crescimento de 5,1%), a divisão de embalagens por 917 mil toneladas (alta de 2,1%) e a de imprimir e escrever por 396 mil toneladas (acréscimo de 3,9%).

As vendas de papel no mercado doméstico cresceram 0,5% no mês, para 418 mil toneladas. No acumulado dos dois primeiros meses do ano as vendas somaram 850 mil toneladas, alta de 3% no comparativo anual. Já as exportações recuaram 8,6% em fevereiro de 2018 ante igual mês do ano passado, para 149 mil toneladas.

Painéis de madeira

As vendas no mercado doméstico de painéis de madeira caíram 2,3% em fevereiro de 2018 contra o mesmo mês do ano passado, a 511 mil metros cúbicos, enquanto as exportações cresceram 11,1%, para 100 mil metros cúbicos.

No acumulado do ano, porém, foi informado aumento de 6,4% na vendas domésticas, totalizando 1,1 milhão de metros cúbicos.

Balança comercial

No bimestre, o saldo da balança comercial do setor atingiu US$ 1,5 bilhão FOB (free on board), com alta de 34,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A China permanece como principal compradora da celulose brasileira, respondendo por 43% das exportações no bimestre. O valor total de celulose enviada para a China aumentou 40,7% com relação ao mesmo período em 2017, chegando a US$ 588 milhões. A América do Norte ampliou as importações de celulose em 50,7%, chegando a US$ 202 milhões, enquanto as exportações para a Europa aumentaram 37,3% na mesma base de comparação, alcançando US$ 423 milhões.

A América Latina, por sua vez, se manteve a frente das demais regiões do mundo nos segmentos de painéis de madeira e papel. Para os painéis, a região representou mais da metade de todo o volume exportado pelo país, o que significa US$ 24 milhões, aumento de 14,3% em relação aos primeiros dois meses de 2017. Em papéis, a América Latina cresceu 9,7% das exportações, somando US$ 204 milhões.