Correio dos Campos

Juiz corregedor conduz formação a agentes

Antônio Acir Hrycyna vai tratar das estatísticas sobre a violência na região.
2 de fevereiro de 2018 às 15:56

COM ASSESSORIAS – A Campanha da Fraternidade 2018, que tem como tema ‘Fraternidade e Superação da Violência’, e, como lema ‘Em Cristo somos todos irmãos’, será oficialmente lançada pela Diocese de Ponta Grossa na manhã da Quarta-Feira de Cinzas, dia 14 deste mês. Pensando na preparação dos cristãos para viver esse período, perto 130 pessoas de toda a região são esperadas em um dia de formação programado para iniciar às 8 horas, no salão da Paróquia Senhor Bom Jesus, em Uvaranas. As discussões serão norteadas pela fala do juiz corregedor da Vara de Execuções Penais, Antônio Acir Hrycyna, que fará um mapeamento da violência na região de Ponta Grossa.

Participam da formação catequistas, agentes de pastorais sociais das diversas paróquias e representantes de diferentes entidades. A coordenadora diocesana da Campanha da Fraternidade, Íria Portela, comenta que foram convidados também representantes da 13ª Subdivisão Policial, da Delegacia da Mulher, Policia Militar e Conselho Tutelar. À tarde, o padre Marcelo do Carmo fará a palestra ‘Fraternidade e superação da violência, em Cristo somos todos irmãos’. “O doutor Antônio vai nos conscientizar sobre a realidade da violência na nossa região, nos sugerir propostas de que caminhos podem ser tomados pela Igreja. Juntos vamos descobrir como agir, como irmãos, como propõe o lema da campanha; buscar alternativas para que possamos fazer a nossa parte como cristãos”, destaca Íria.

A formação será aberta pelo bispo dom Sergio Arthur Braschi, às 9 horas. Os agentes conhecerão ainda a oração e o hino da campanha. As discussões prosseguem até perto das 17 horas. Pelos dados levantados pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a violência cresce dia a dia no Brasil, onde é mais arriscado viver do que em países em guerra, e, onde acontecem 13% dos homicídios do mundo. “As pessoas ganham dinheiro com a indústria da segurança; os mais pobres são mais vulneráveis: só quem pode pagar está seguro, e pessoas vão se isolando devido ao medo. A Igreja vem propondo reflexão: que caminhos podemos trilhar para superar a violência e construir a fraternidade?”, questiona o coordenador nacional de campanhas da CNBB, Luís Fernando da Silva. O padre cita que a violência começa justamente porque as pessoas não se consideram irmãs, daí a importância de se trabalhar o lema ‘Em Cristo, somos todos irmãos’