Correio dos Campos

Seis motivos para não usar notebook durante home office

8 de maio de 2021 às 10:00
(Foto: Divulgação)

COM ASSESSORIAS – Os brasileiros nunca compraram tanto notebooks como agora. De acordo com dados do IDC (Instituto de Desenvolvimento de Consultores), foram vendidos 5 milhões de notebooks e 1,3 milhão de desktops no Brasil, em 2020 – uma alta de 6% no mercado. Segundo o Google Trends, as buscas por “comprar notebook” registraram o índice de 100 pontos entre 31 de maio a 6 de junho de 2020 – o que representa o pico de popularidade. Os números são motivados pela pandemia, que forçou os consumidores a buscarem opções para o ensino remoto e o home office. No entanto, especialistas apontam que o notebook não é o tipo mais adequado de computador para trabalhar por longos períodos.

O mestre em Design Gráfico e professor do curso de Jogos Digitais da Universidade Positivo, Rafael Baptistella Luiz, lista seis motivos para considerar antes de usar o notebook no home office. As razões, que vão das financeiras às tecnológicas, podem ajudar na hora de escolher o melhor equipamento de trabalho.

Mobilidade

A grande vantagem do notebook, segundo Luiz, é o tamanho e o peso, que permite maior mobilidade. “Isso é justificável para quem viaja bastante ou muda de ambiente de trabalho frequentemente, mas durante a pandemia, em home office, não faz sentido”, afirma.

Preço

Um notebook é mais caro que um desktop, se forem equipamentos de mesmo desempenho. Além disso, os desktops têm uma vida útil média maior que os notebooks, outro fator de economia a médio e longo prazo.

Estresse e queda de produtividade

O notebook tem o poder de transformar qualquer espaço em ambiente de trabalho. A combinação entre bateria e antena de Wi-Fi não encontra limites dentro de casa e torna o desligar-se das atribuições profissionais mais difícil. Resultado: onde quer que vá, estará trabalhando. O trabalho pode invadir todos os cômodos da casa, o horário de almoço, as horas de descanso e lazer. “Em pouco tempo, isso pode aumentar o nível de estresse, possivelmente provocando, também, uma queda na produtividade. Produzindo menos, será necessário mais tempo no notebook para fazer as mesmas coisas de antes. E isso pode virar uma bola de neve”, alerta o professor.

Manutenção

Abrir o gabinete do desktop é muito mais fácil que com os notebooks. Eles são mais difíceis de manusear, requerem mais equipamentos específicos e, sobretudo, conhecimento. Isso significa que é mais difícil para corrigir, limpar ou turbinar a máquina. Por isso, a assistência técnica especializada em notebooks é mais cara. Os técnicos de computadores de mesa também são mais numerosos, o que barateia a mão-de-obra. Luiz pontua que o desktop traz comodidade e facilidade de reposição de peças em caso de defeitos. “Qualquer problema no notebook, o usuário fica sem o equipamento inteiro, enquanto que no desktop se troca apenas a peça que apresentou defeito, rapidamente”, destaca.

Ergonomia

Um dos maiores impactos negativos do notebook é na saúde. Dependendo da maneira de uso, poderá fazer mal à coluna, vista e articulações. É mais difícil ter uma boa postura usando um notebook porque o formato é naturalmente inadequado para o uso ergonômico por seres humanos. Para reduzir os possíveis danos, o especialista indica um teclado e mouse separados e um suporte, para que a tela fique na altura dos olhos, ou mesmo um outro monitor.

Tecnologia

O desempenho dos melhores notebooks está abaixo dos melhores desktops. Além disso, os desktops têm a vantagem de serem mais facilmente personalizáveis. Turbinar a máquina com mais RAM, placa de vídeo mais potente, ou trocar o processador depois de um tempo é relativamente mais simples e econômico, em comparação com notebooks.