Correio dos Campos

Digital Agro 2019 apresenta tendências e discute a transformação tecnológica da agropecuária

A feira contou com a participação do governador do Paraná Ratinho Júnior, que conheceu as novidades para o campo percorrendo o Pavilhão de Exposições.
13 de junho de 2019 às 09:47

COM ASSESSORIAS – Teve início, nessa quarta-feira (12), a Digital Agro 2019. Além de poder visitar e conhecer as principais empresas que estão apostando no poder da tecnologia no campo, os visitantes também assistiram a palestras e conheceram os serviços e soluções que as startups levaram para o evento.

O primeiro dia da terceira edição da feira contou com a participação do governador do Paraná, Ratinho Júnior, que elogiou a estrutura e a importância do evento. “A tecnologia para o agronegócio é fundamental. O Paraná é o maior produtor de alimentos por metro quadrado do mundo, e a agricultura está saindo da enxada e migrando para os smartphones e tablets, que facilitam a gestão e refletem em maior produtividade. É por isso que feiras como essa são muito importantes para o produtor rural continuar nesse caminho”, ressaltou.

Palestras
O fundador da Hypercubes, Fábio Teixeira, com formação pela Singularity University, no Vale do Silício, nos Estados Unidos, abriu a programação de palestras da Digital Agro 2019. Teixeira falou sobre o uso de satélites e sensores especiais para a produção de imagens hiperespectrais. Esse tipo de imagem, utilizada também na plataforma desenvolvida por ele, é capaz de identificar alterações moleculares em uma plantação, monitorar com precisão o solo da propriedade, fornecendo dados já processados e auxiliando na tomada rápida de decisão. “Nós queremos popularizar essa tecnologia, torná-la cada dia mais acessível. A nossa ideia é que ela esteja disponível para os produtores no fim do primeiro semestre de 2020”, explicou Teixeira.

Em “Robótica e implementos inteligentes na agricultura arável”, o engenheiro agrônomo e professor do Departamento de Agroecologia da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, Ole Green, falou sobre o uso cada vez mais frequente da automação e da robótica na agricultura. “Hoje já podemos contar com a ajuda de ferramentas como a Inteligência Artificial e Big Data para elevarmos a nossa produtividade e tornarmos o agronegócio um ramo sustentável”, ressaltou Green, que também é fundador e CEO da Agrointelli, empresa focada na sustentabilidade da agricultura arável.

Além disso, palestras técnicas foram ministradas em miniauditórios espalhados pelo pavilhão principal. No estande da UPL, empresa especializada em proteção de cultivos e soluções para otimizar a produtividade agrícola, a engenheira agrônoma e consultora comercial, Alessandra Decicino, falou sobre a participação das mulheres no processo de gestão. “Cada vez mais as mulheres têm se tornado protagonistas, buscando a capacitação e a profissionalização no agronegócio. E essa é uma ótima notícia quando pensamos na governança e sucessão familiar, porque está fazendo com que a mulher se torne, também, a essência do negócio”, disse Alessandra.

A feira continua no dia 13, no Parque Histórico de Carambeí, com demonstrações práticas, palestras técnicas e apresentação de diversas startups.

Sobre a Frísia Cooperativa Agroindustrial
Fundada em 1925, a Frísia é a cooperativa mais antiga do Paraná e segunda do Brasil. Localizada na região dos Campos Gerais, tem sua produção voltada ao leite, carne e grãos, principalmente, trigo, soja e milho. A cooperativa é resultado da união do trabalho de todos os cooperados e colaboradores; da diversificação da produção, englobando a produção leiteira, de grãos e de proteína animal; e da alta qualidade do que é feito e comercializado, com animais de excelente genética, rastreamento e investimento em tecnologia, infraestrutura e mão de obra. Os valores da cooperativa são Fidelidade, Responsabilidade, Intercooperação, Sustentabilidade, Integridade e Atitude (FRISIA).

Sobre a Fundação ABC
A Fundação ABC é uma instituição de pesquisa agropecuária que realiza trabalhos para desenvolver e adaptar novas tecnologias, com o objetivo de melhorar as produtividades de forma sustentável aos mais de cinco mil produtores rurais filiados às cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, além dos agricultores contribuintes. O trabalho da fundação abrange uma área de 467,2 mil hectares, além de uma bacia leiteira de mais de 678 milhões de litros/ano. A instituição também realiza projetos de pesquisa com empresas privadas, por contratos de cooperação técnica, e mantém vínculos com empresas de pesquisa pública. A sede é em Castro (PR) e os cinco campos demonstrativos e experimentais ficam estrategicamente espalhados pela área de atuação.