Correio dos Campos

Marido foragido após manter esposa em cárcere no PR é indiciado pela polícia

Homem foi liberado em audiência de custódia e desde então não foi localizado pela polícia
16 de abril de 2025 às 10:00
(Foto: Divulgação/PCPR)

O marido que manteve a esposa em cárcere privado no Paraná e está foragido há mais de um mês foi indiciado pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) nesta terça-feira (15).

Jean Machado Ribas foi preso em flagrante no dia 14 de março, mas no dia 16 de março, a audiência de custódia liberou o suspeito para responder o processo em liberdade.

Desde que foi solto, o marido que manteve a esposa em cárcere privado não foi mais localizado pela Polícia Civil e está desaparecido desde então.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) chegou a solicitar a prisão preventiva do marido que manteve a esposa em cárcere privado por cinco anos, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Rio Branco do Sul.

Segundo a Polícia Militar do Paraná (PM-PR), a esposa e o filho do casal, de 4 anos, foram encaminhados para uma unidade de saúde para realizarem exames médicos e depois foram a um local mantido em sigilo pela polícia.

Mesmo após exames de papiloscopia comprovaram que o suspeito preso no Distrito Federal não é o marido que manteve a esposa em cárcere privado por cinco anos no Paraná, o homem detido manteve a versão de que é o foragido.

Segundo o repórter William Bittar da RICtv, o suspeito afirmou em duas audiências de custódia realizadas no Distrito Federal que era Jean Machado Ribas. Ele foi preso no dia 27 de março em um carro de aplicativo, com posse de um revólver, munição e documentos falsos.

Mas a investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) apontou que o suspeito detido seria foragido pelos crimes de homicídio qualificado e roubo majorado.

Dessa forma, a Polícia Civil do Paraná trabalha com duas hipóteses para justificar a versão dada pelo suspeito preso:

A esposa, que era vítima de violência doméstica e cárcere privado em Itaperuçu, Região Metropolitana de Curitiba, tentou ser resgatada pela primeira vez ao deixar um bilhete com pedido de socorro em um posto de gasolina de Itaperuçu.

“Me ajude moro no município de Itaperuçu. Sofro muita violência em casa”, disse a mulher no bilhete.

Segundo o aspirante a Oficial da Polícia Militar do Paraná Alexandretti, policiais fizeram diligências na zona rural de Itaperuçu após encontrarem o bilhete, mas não encontraram a mulher ou o marido na residência.

Mas a mulher conseguiu encaminhar um e-mail para a Casa da Mulher Brasileira e na última sexta-feira (14). os policiais conseguiram prender o marido e resgatar a mulher.

Primeiramente, a vítima não delatou o companheiro aos policiais, mas durante o interrogatório ela chorou e confessou aos agentes a violência sofrida, bem como ter escrito o bilhete e enviado o e-mail.

A mulher relatou que o marido era acobertado por familiares, que eram coniventes com as agressões e o cárcere privado realizado nos últimos cinco anos. Em diversas ocasiões, a vítima disse ter sido amarrada, amordaçada e estrangulada.

Além disso, o marido utilizava uma câmera de segurança, presa em um poste de energia e voltada para a entrada da casa para monitorar a esposa.

A mulher também não era autorizada a ver ninguém, nem mesmo familiares, sem o aval ou a presença do marido.

A vítima também não tinha direito a ter um celular próprio, tendo que dividir o mesmo aparelho com o marido. Sendo que foi desse smartphone que ela conseguiu fazer a denúncia à Casa da Mulher.

Fonte: RIC Mais

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