Correio dos Campos

Ensino lúdico é peça-chave para aprender Matemática

Ponta Grossa adota práticas de ludicidade para o ensino da matéria nas escolas municipais; estratégia foi defendida também pelo reitor da UEPG durante premiação da Olimpíada Ponta-grossense de Matemática
18 de dezembro de 2024 às 09:52
(Foto: Divulgação/PMPG)

COM ASSESSORIAS – O uso de elementos lúdicos para o ensino da Matemática é uma estratégia eficiente e prazerosa para o ensino da matéria nas escolas, considera o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Miguel Sanches Neto. A fala do reitor ocorreu durante a premiação da 10ª Olimpíada Ponta-grossense de Matemática, ocorrida no sábado (16) na Arena Multiuso, cedida pela Prefeitura do município para o evento. Nesta OPMAT foram premiados 87 estudantes das escolas públicas municipais.

A análise se encontra com as práticas adotadas pela Secretaria Municipal de Educação para o ensino na Rede Municipal de Ensino, que vem desenvolvendo abordagens lúdicas para o ensino da matemática. Uma destas iniciativas é o uso do Cubo de Rubik, o cubo mágico, realizada pela Escola Municipal Haydeê Ferreira de Oliveira, no Jardim Maracanã.

Uma diversidade didática, mais lúdica, ajuda a mostrar que a matéria não é “um bicho de sete cabeças”, considera Sanches Neto. “Ela deixa de ser isso para ser um espaço de prazer, de conhecimento pelo prazer. E aí a relação é material com a matemática, de maneira física, por meio de um objeto que é lúdico. É fundamental para tirar essa visão negativa que se possa ter da matemática. São ações pedagógicas dessa natureza que modificam a nossa compreensão dessa área tão importante do conhecimento”, analisa o reitor.

A secretária de Educação, professora Simone Pereira Neves, aponta que esta forma de ensinar oferece resultados muito relevantes para a aprendizagem dos alunos. “Com abordagens lúdicas e transdisciplinares estamos evoluindo muito nos resultados de aprendizagem de nossos alunos. A ludicidade permeia nosso currículo e tem se mostrado uma estratégia fundamental para o ensino da matemática, trazendo resultados efetivos para as escolas”, considera Simone.

Resultado de ouro

Um dos bons resultados destas práticas foi registrado pela Escola Municipal Haydeê Ferreira de Oliveira. A aluna Rayane de Oliveira Matoso, participante do Desafio do Cubo Mágico, foi medalha de ouro no nível Júnior da 10ª OPMAT. A mãe de Rayane, Rosangela Gonçalves de Oliveira Matoso, considera que o ensino contribuiu para o sucesso da filha. “Foi muito legal, é um incentivo a mais para ela se dedicar ao estudo. Foi para a prova com a preocupação de acertar e esses incentivos são muito importantes. O trabalho com o cubo ajudou bastante, ela está sempre montando e tentando ser cada vez mais rápida, marcando o tempo. Quando não consegue, volta a tentar. É algo muito importante para ela”, conta a mãe.

Presença pública na OPMAT

O reitor Miguel Sanches Neto vê como crescente a participação das escolas públicas na OPMAT e também na UEPG. “Essa participação é cada vez maior e mais produtiva. Isso pode ser visto de uma maneira muito transparente no aumento do número de alunos na UEPG oriundos de escola pública, e isso começa lá na Educação Básica, passando por todos os estágios até chegar ao estágio universitário. E a OPMAT tem uma função também que é fazer uma promoção, uma divulgação da importância do estudo. Ela divulga isso dentro das escolas, é um culto ao estudo, à dedicação, um culto a essa busca do conhecimento que é fundamental para que tenhamos um país diferente, um país mais focado na formação”, acredita o reitor.