Correio dos Campos

Dom Sergio pede presente solidário

Na reunião do clero, bispo lembrou seus jubileus
17 de março de 2023 às 09:00
(Foto: Divulgação)

COM ASSESSORIAS – Ano de quatro datas importantes para o bispo Dom Sergio Arthur Braschi, 2023 promete ser um ano festivo para a Diocese de Ponta Grossa. Este ano, serão comemorados seus 25 anos de bispado, 20 anos como bispo de Ponta Grossa, 50 anos como padre e 75 anos de vida. E quando se fala de festa, se lembra de presente. O bispo, no entanto, deseja que o presente por seus jubileus não seja para si, mas, sim, para o povo da Igreja-Irmã da Prelazia de Lábrea, no Amazonas. Foi este o pedido que Dom Sergio fez, hoje (16), a padres, religiosos-padres, diáconos e coordenadores diocesanos, na primeira reunião geral do clero de 2023.

A reunião aconteceu no pavilhão da Paróquia Cristo Rei, em Ivaí, durante toda a manhã desta quinta-feira. Dom Sergio solicitou que o clero motive suas comunidades para a partilha em prol da troca do barco usado para as visitas missionárias da Paróquia São João Batista, de Canutama (AM). “Que, sabendo dos meus jubileus, que a paróquia toda sinta vontade de ajudar a conseguirmos reunir os recursos e entregá-los, no momento da oferta da missa do dia oito de julho. Eu insisto nisso. Que tenhamos como fruto não só o dinheiro, mas que as pessoas possam conhecer nossa Igreja-Irmã. Não peço para mim”, argumentou o bispo. Dom Sergio referia-se à realização da Assembleia de Revisão e Celebrativa de seus 50 anos de sacerdócio, em julho, no salão da Paróquia São Sebastião, que será encerrada com uma carreata e uma missa, na Paróquia/Catedral Sant’Ana.

Em ferro, uma embarcação de 20 metros, totalmente equipado, está orçado em R$ 1.200.000,00. Um barco de ferro usado, menor, pode ser adquirido a partir de R$ 500.000,00. “Precisamos manter e aumentar as visitas missionárias. Temos a necessidade de um barco maior e mais seguro para atender as necessidades pastorais da paróquia”, justificou padre Fábio Sejanoski, vigário paroquial da São João Batista, que está de férias na Diocese. Segundo ele, as visitas às 20 comunidades localizadas às margens do Rio Purus duram 22 dias e envolvem de seis a oito pessoas. Atualmente, elas acontecem duas vezes por ano.

Além das comunidades do Purus, o barco chega às famílias ribeirinhas dos rios Mucuin e Assuã, em visitas hoje realizadas anualmente. A embarcação é o único meio de transporte de agentes de pastoral para retiros, formações novenas, acampamentos, dentro da paróquia e em paróquias vizinhas. “Hoje, o que temos é um barco de madeira já velho e pequeno, com capacidade de transporte para cerca de 15 pessoas. Se for para dormir, esse número cai para entre oito e nove pessoas. O barco foi adaptado para novas necessidades com mais um convés, consequentemente trazendo mais peso e menos estabilidade por causa da altura. E, por ser barco de madeira, exige maior manutenção”, detalhou padre Fábio.

O vigário da Paróquia São João Batista apresentou também ao clero algumas propostas para serem refletidas, entre elas, a de tornar oficial, todos os anos, a Campanha de Natal para a obtenção de recursos para as visitas missionárias e formações, e, o aumento da contribuição das paróquias, por período específico, ao Fundo Diocesano de Evangelização e Missão e repasse mensal a Canutama. A aquisição do barco ainda envolveria a Mitra Diocesana e a própria Paróquia São João Batista. Caso nem assim seja levantado o valor necessário, será encaminhado pedido de ajuda às Pontifícias Obras Missionárias, Adveniat e empresários. “Vou levar esse assunto à assembleia do Comina (Conselho Missionário Nacional). Não vai ser fácil, mas vou tentar. Geralmente, já têm destinação certa as verbas disponíveis lá…Se conseguir, isso só vai fazer crescer o espírito missionário, a consciência quanto a importância da nossa Igreja-Irmã. É um dom que nós temos. Poucas dioceses no Brasil contam com igrejas-irmãs e nós já estamos realizando uma das prerrogativas da Igreja”, complementou Dom Sergio.

Jubileus

Em 2023, o bispo vai festejar 25 anos de episcopado, dia 14 de abril; 20 anos à frente da Diocese, no dia 16 de julho; 50 anos como padre, em 8 de julho, e 75 anos de vida, no dia 3 de dezembro. Dom Sergio comentou que vai festejar o dia 14 de abril junto ao Monsenhor Hamilcar Mota da Silveira, no Rio Grande do Norte. “Ele estará completando 90 anos de idade um dia antes, dia 13, e 65 anos de padre. É uma pessoa muito importante na minha formação. Passava lá minhas férias, dois meses, servindo como missionário, inclusive, cheguei a ser nomeado vigário paroquial em Mossoró e em Alexandria e também na Paraíba. Vou viajar logo depois do Tríduo Pascal e fico uma semana. Na volta, já fico em São Paulo para a Assembleia dos Bispos, em Aparecida. Rezem por mim”, pediu.

Um dia antes de completar 20 anos à frente da Diocese – em 16 de julho – Dom Sergio vai receber os bispos do Paraná em uma celebração festiva. “Os bispos são muito solidários e gostam de participar desses momentos. Dez bispos já confirmaram. Faremos uma missa, no dia 15, na Catedral. Seria muito bom que vocês colocassem em suas agendas. Será na véspera do dia de Nossa Senhora do Carmo, de quem sou devoto. Também no dia 16 de julho está confirmado que será o dia da romaria aqui da Diocese ao Santuário de Nossa Senhora do Rocio”, convidou o bispo. A peregrinação é feita por todas as dioceses do estado com o intuito de divulgar a devoção à padroeira do Paraná. Ano passado, a Diocese de Ponta Grossa foi a que levou o maior número de romeiros a Paranaguá. Foram cerca de 500 pessoas.